Peço-lhes para tomarem um poema
E o segurarem contra a luz
Como um diapositivo
Ou então para encostarem o ouvido à sua colmeia.
Digo-lhes deitem um rato dentro do poema
E vejam como ele descobre a maneira de sair,
Ou caminhem dentro da sala do poema
E procurem às cegas um interruptor.
Quero que façam esqui aquático
À tona ondulante de um poema
E acenem ao nome do autor na margem.
Mas eles só sabem e querem
Amarrar o poema a uma cadeira
E torturá-lo até ele se confessar.
Começam a bater-lhe com uma mangueira
Para descobrirem o que ele quer dizer.
Billy Collins
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